segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ENQUANTO VC TRABALHA PRA ELE GANHAR 12 MIL, ELE PASSEIA NA PRAIA E AINDA TIRA COM A SUA CARA!



Pré-candidato a prefeito de São José, Cristiano Pinto Ferreira (PV) postou fotos em seu Facebook e desagradou os internautas

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Um convite do vereador Cristiano Pinto Ferreira (PV) de São José dos Campos para internautas caminharem com ele na praia ontem às 9h não agradou quem acompanha o parlamentar em sua página na rede social Facebook.

A pergunta dos internautas era a mesma: por que o vereador, que é pre´-candidato a prefeito, caminhava na praia em horário e dia em que a maioria das pessoas está trabalhando?

"Ao que me consta, hoje é sexta-feira e a Câmara não está de férias e nem de recesso. O senhor está na praia? Não entendi", escreveu a internauta Ana Heloísa Rodrigues.
Já a internauta Erica não escondeu sua indignação na mensagem que postou no Facebook do parlamentar.

Atestado.
"Não me importo se ele [Cristiano] me excluir. Eu tenho direito de cobrar um dia de trabalho dele. Nós pagamos pra ele trabalhar."

Alguns internautas saíram em defesa do vereador, lembrando o anúncio de sua ausência na sessão de Câmara da última terça - feira.

"São pessoas como todos. Menos né, gente?", defendeu a internauta Paula Conrado.

"Afastado por que? Doente ele não deve estar, pois nas fotos que postou no Facebook da praia ele está com ótima aparência e me parece que em plena saúde", retrucou a internauta Ana Heloísa Rodrigues.

No mesmo endereço virtual, o vereador joseense anunciou na última terça-feira seu afastamento temporário da Câmara por motivos pessoais.
A reação dos internautas à publicação do vereador só chegou ao fim com a manifestação do parlamentar por volta do meio dia de ontem.

Ele disse que se afastou para cuidar da saúde, mas não explicou os motivos de ter ido para a praia.

FONTE: O Vale

PALAVRA ADVERSA:
Cara de pau!
Parabéns! Vc trabalhando igual a um camelo e ele na praia curtindo e ainda quer ganhar 12 mil?
E ainda quer ser prefeito da cidade? Tá fácil mesmo!
E fala que tá doente! Olha faz igual a ele: fala pros eu chefe que vc ta doente durante a semana e vai pra praia. Aí te pegam no flagra e vc fala que são "ordens médicas" pra vc descansar e vê se cola!
CARA DE PAU!

SEGUE O LINK DO FACEBOOK DELE PRA VC METER O PAU! http://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100000316928480
PS: Atente para a falsidade: no mural dele tem uma foto contra o super salário sendo que ele foi um dos que votou a favor! Tem que rir!


Já não basta o de Taubaté que falou que vivia vida de Principe, que tava num hotel de frente pro mar tudo pago com dinheiro público! Veja aqui: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/10/vereador-de-taubate-diz-que-leva-vida-de-principe-gracas-ao-dinheiro-publico.html

E fora o Cristóvão Gonçalves e o Emanuel condenados pelo tribunal de Justiça http://diversidade-adversa.blogspot.com/2011/10/bandidagem-e-corrupcao-em-sao-jose.html

KKKKKKKKKKKK É isso ai pessoal! Veja bem em quem vc vai votar em 2012!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Bandidagem e corrupção em São José: CRISTÓVÃO GONÇALVES E EMANUEL CONDENADOS PELO TJ!

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONDENA EMANUEL FERNANDES E CRISTÓVÃO GONÇALVES POR DESVIO  DE DINHEIRO PÚBLICO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS PARA DAR FESTA!


Para Justiça, ex-prefeito de São José deve ser responsabilizado por autorizar recursos para evento apoiado pelo vereador Cristóvão Gonçalves
Ana L. Ferreira
Bom Dia/ São José dos Campos

O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou que o ex-prefeito Emanuel Fernandes (PSDB) teve envolvimento direto com a liberação de recursos para as festas de aniversário do bairro Vila Tesouro, na zona leste da cidade, entre 2001 e 2004.

A decisão, de 5 de outubro, é referente à ação civil pública que acusa o governo do ex-prefeito de colaborar com recursos financeiros na realização de festas no bairro para promover o vereador tucano Cristovão Gonçalves (PSDB).

Na primeira decisão, a Justiça entendeu que o ex-prefeito não tinha responsabilidade no financiamento das festas e condenou apenas a assessora de eventos oficiais da prefeitura, Maria Antônia Alvarez Perez, e o vereador Cristóvão. Emanuel alegou que apoiou a festa porque a mesma seria de 'cunho popular'.

O Ministério Público apelou da decisão e isentou de responsabilidade Maria Antônia e Lauro Augusto Lucchesi Targhetta, chefe de fiscalização da prefeitura à época. No despacho o promotor entendeu que os funcionários comissionados apenas seguiram ordens e não deveriam ser responsabilizados diretamente.

A assessoria do ex-prefeito, que é atualmente secretário estadual de Planejamento, informou que entrará com recurso assim que o acórdão for publicado. A assessoria do vereador não retornou as ligações.

Após denúncias em 2004 de cobrança de pedágio em espaço público para montagem de barracas nas festas, a Justiça instaurou processos para apurar suposta improbidade administrativa de vereadores de São José e do governo. Além de Cristóvão Gonçalves, atualmente estão em andamento processos contra Alexandre da Farmácia (PR) e os ex-vereadores João Bezerra e Santos Neves.
Fonte: O vale


PALAVRA ADVERSA!

SEGUE LINK DO FACE DO CRISTÓVÃO PRA VC METER O PAU: http://www.facebook.com/#!/VereadorCristovao

E SEGUE O LINK DO EMANUEL: http://www.facebook.com/#!/Emanuel4515

Não basta fazer leis homofóbias, nazistas e aumentar o próprio salário em 55%. o Cristóvão Hitler Gonçalves tem que ROUBAR DINHEIRO PÚBLICO para DAR FESTINHA PRA SE PROMOVER!

Gente ! Eu fico revoltada de saber que o MEU DINHEIRO está sendo usado pra promover esse ladrão, corrupto, homofóbico e nazista!
E o povo da Vila Tesouro e da  Paróquia Nossa Senhora do Rosário pensando: "Nossa como o vereador Cristóvão é bonzinho... banca festa pra gente... Ele é tão legal!"

Que bonzinho que nada! Lobo em pele de cordeiro! Usa o dinheiro público pra seu auto-promover e depois sair falando que ELE deu a festa. Então EU TAMBÉM DEI ESSA FESTA! Porque foi do MEU BOLSO que saiu essa festa também! ACORDA SÃO JOSÉ! ACORDA VILA TESOURO!  

E tem a cara de pau de se dizer Cristão! Vai na missa, nos Vicentinos, comunga! Só pra posar de Santo, que defende a família! 
ROUBAR É PECADO VEREADOR! O 8º mandamento diz: NÃO ROUBARÁS!!!! Acorda povo de Deus! Acorda pároco da paróquia! Ou vai ser cúmplice de bandido? 
E o Emanuel... Com essa cara de dãããããã... O povo lerdo pensa que é bonzinho só porque tem cara de Nerd, cara de bobo... de lerdo e bobo quem tem é quem vota nele!
CADEIA NELESSSSSSSSSSS!

AO AMIGO QUE DEIXOU O RECADO! OLHA AMIGO FICO FELIZ SIM POR VER QUE NEM TODOS SÃO ALIENADOS E PERCEBEM A JOGADA DOS QUE USAM A RELIGIÃO ALHEIA PARA SE PROMOVER. FICO FELIZ MESSSSMO! MAS INFELIZMENTE NEM TODOS OS PAROQUIANOS PENSAM COMO VC.
NO INICIO QUANDO A CONFUSÃO ESTOUROU MUITOS DEFENDERAM, ACHARAM QUE ERA MENTIRA DA OPOSIÇÃO E FECHARAM OS OLHOS PARA ESSE TIPO DE COISA EM NOME DA CARA DE BONZINHO DOS DOIS E DO APOIO À IGREJA E AO BAIRRO.
GRAÇAS A DEUS HÁ ESPERANÇA E NEM TODOS ESTÃO VENDIDOS!
FIQUEI FELIZ COM SEU COMENTÁRIO!

AGORA AO MEU NOVO AMIGO ANÔNIMO (COMO SEMPRE) O QUE EU TENHO PRA DIZER É: TRABALHO MARAVILHOSO? ONDE? VEJA OS PROJETOS INUTEIS E IDIOTAS QUE ELE APRESENTOU NO ULTIMO MANDATO... JÁ PROCUROU SABER DISSO? E OUTRA COISA, MARAVILHOSO SÓ SE FOR PRA VC, NÃO SEI O QUE VC OBTEVE DE GANHO PESSOAL, MAS SJC SÓ PERDEU.
AGORA, VC PODE ATÉ ACHAR ELE MARAVILHOSO, LINDO, GOSTOSO, SEI LA MAIS O QUE... MAS NEGAR O CRIME QUE ELE COMETEU É DEMAIS...
ACESSA O SITE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, O DIARIO OFICIAL E VEJA SE A MATÉRIA É MENTIRA ANTES DE GRITAR AOS 4 VENTOS.
ALÉM DO MAIS VC ACHA QUE EU SOU IDIOTA DE INVENTAR ISSO PRA LEVAR UM PROCESSO NAS COSTAS? AHHH AMIGO, O BLOG É SÉRIO, NÃO INVENTO NADA.
SÓ TENHO MAIS UMA COISA PRA TE DIZER: PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER... CONSEGUIRAM TE ALIENAR MESMO!!!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

II CONFERÊNCIA REGIONAL LGBT DO VALE DO PARAIBA! Você está convidado!

Pessoas do Vale do Paraíba!!!
Convidamos a tod@s que se preocupam com os direitos civis e humanos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais travestis e transexuais) a participarem da II Conferencia Regional LGBT que ocorrerá em Taubaté, dia 08/10, no San Michel Palace Hotel, na Avenida Juscelino Kubitschek, 470 - entrada póximo da Deluxe. Das 9h às 18h. é importante a presença de todos/as. Quem puder chegar antes melhor ainda, para adiantar o credenciamento.



Por que eu deveria participar dessa conferência?
- Se eu sou LGBT, porque só eu posso dizer das dificuldades de ser LGBT e reivindicar o que o governo pode fazer para me fazer ter uma vida melhor, mais digna, para que qualquer violência e discriminação contra mim seja tornada crime, para que eu seja respeitad@, para que eu tenha direito a livre expressão. A união estável nao está aí à toa, pessoas se mobilizaram para isso, e eu posso fazer parte de mobilizar em prol a minha vida.
- Se eu não sou LGBT, porque tenho amigos LGBT que me importam, porque eu tenho familiares LGBT que me importam, e me importa saber que as pessoas que estão próximas a mim têm direitos como eu, e porque sou uma pessoa solidária e me importo com o sofrimento de outras pessoas diferentes de mim, e gostaria que todas as pessoas fossem igualmente respeitadas e tivessem direitos como cidadãos e como seres humanos garantidos.


COMPAREÇA!

ONDE? San Michel Palace Hotel, na Avenida Juscelino Kubitschek, 470 - en entrada póximo da Deluxe. 
QUANDO? Sábado, dia 08/10 das 9h às 18h.
É só chegar e se inscrever na hora!

PS: A Psicologia apóia a causa LGBT e estará marcando presença no evento!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NOVO BAR FRIENDLY EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS! LUXOOOOOOOOOO!

FAMÍLIA DO SABOR - FRIENDLY BAR



Venha conhecer o mais novo espaço de lazer de São José dos Campos na Zona Sul

Experimente nossa picanha na chapa, porções diversas em ambiente aconchegante e descontraído, com cerveja gelada e música no telão.

BAR FAMÍLIA DO SABOR FRIENDLY

Este saudável ambiente é um espaço friendly, ou seja, todas as pessoas, independente de cor, raça, etnia, credo ou orientação sexual são bem-vindas e têm direitos iguais de expressão.

Curiosidade: Segundo os pesquisadores Regina Facchini e Silvério Trevisan, o nome friendly pode ser entendido como o termo “simpatizante” da sigla GLS, termo que surgiu para introduzir no Brasil a idéia de gay friendly, possibilitando uma flexibilização das fronteiras entre heterossexuais e homossexuais. Passaram a utilizar o conceito aqueles que mantêm uma relação de simpatia com o universo gay ou que se identificavam com uma cultura mix e aqueles que vivem sem preconceitos e estão cientes do respeito à diversidade e dos direitos civis e humanos de todas as pessoas.




Segundo a lei 10.948/01 do Estado de São Paulo, “será punida toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero”.

DISK DIREITOS HUMANOS: 100
 A ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, lançou em 19/02/11, um disque-denúncia para casos de violência (psicológica, verbal, física ou sexual) contra homossexuais e o selo “Brasil, território livre de homofobia”. O número do disque-denúncia é o 100. A ligação é gratuita, e o serviço estará disponível 24h por dia. A identidade do denunciante será mantida em sigilo.


Funcionamento:
Terça-feira a Domingo - das 16h às 00h
VEJA COMO CHEGAR EM NOSSO SITE:
www.familiadosabor.weebly.com
Ache-nos também no Facebook: familiadosabor

E-mail: familiadosabor@gmail.com
Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=114768637
Perfil no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=14652472089130673881
FACEBOOK:  http://www.facebook.com/media/set/?set=a.106976456061181.13143.100002464821279

Endereço
Av. Ouro Fino, 1261
Bosque dos Eucaliptos, Cep: 12.233-400
São José dos Campos-SP

Telefone: (12) 3308-7504 (12) 9701-5509


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PALAVRA ADVERSA:
Gente lugar super luxo, pelo que vocês mesmos podem ver, dá uma entrada no site...

Ambiente lindo, gostoso, pra bater um papo com os amigos, namorar, ficar tranquilo... Lugar pra todo mundo mesmo!!
Nada de psicopatas... KKKKKK adorei! Outro nivel!
Só gente bonita, interessante, inteligente!

Se vc tá casad@ ou namorando: lá é o lugar certo, tranquilo, ambiente legal...
Se vc tá solteir@: lá é o lugar certo também! só pessoas lindas, cultas, maravilhosas!
Você que quer um lugar gostoso pra curtir em São José - porque estava faltando mesmo - passa lá pra conhecer! 

E o mais legal: as donas são umas F O F A S!!! Eu recomendo!
Quem quiser uma companhia pra ir pode me chamar!

PS1: AHHh esqueci de falar: adorei a cor! KKKKKKKKKK
PS2: Gente que luxo!!! Que outro bar tem referência bibliográfica na propaganda?AINNNNNNNNNNNN   AMEIIIIIIIIIII!!!!!

PS3: Adorei o conceito de FRIENDY: "aqueles que mantêm uma relação de simpatia com o universo gay ou que se identificavam com uma cultura mix e aqueles que vivem sem preconceitos e estão cientes do respeito à diversidade e dos direitos civis e humanos de todas as pessoas".
Ain, pessoas assim não são tão mais T U D O? São mais felizes e menos sozinhas, pq seu círculo de amizades é bem maior e mais colorido!

sábado, 1 de outubro de 2011

SOLDADO É ESTUPRADO POR 4 COLEGAS DENTRO DO QUARTEL E AINDA RESPONDE PROCESSO COMO RÉU... ACUSAÇÃO: SER GAY!

Ilustração de Eugênio Neves/Sul21
Ilustração de Eugênio Neves/Sul21

Igor Natusch
No dia 12 de maio deste ano, um jovem soldado do Parque Regional de Manutenção de Santa Maria completou 19 anos de idade. Não foi um aniversário feliz. Detido no quartel por uma suposta ausência em horário de vigília, ficou à mercê da hostilidade de alguns colegas de farda, proibido de ver os pais e sem receber nem mesmo as mudas de roupa enviadas pela mãe. Cinco dias depois, foi estuprado por quatro soldados, dentro do alojamento, com pelo menos 20 testemunhas silenciosas preferindo fingir o sono a intervir contra a violência. “Esse foi o presente de aniversário que deram para o meu filho”, conta o pai da vítima. Três meses depois do crime, os profissionais que cuidam do jovem violentado acenam com uma possibilidade inesperada: a de que o soldado tenha a idade mental de uma criança, o que faria dele incapaz de prestar serviço militar. Defendendo punição aos agressores, eles esperam por justiça antes de se mudarem da cidade. “Quando isso acabar, vamos embora daqui.”
Leia mais:
– Ministério Público Militar nega tentativa de encobrir suposto estupro no RS
– Estupro em quartel de Santa Maria completa três meses longe de solução
– Para militares, estupro em quartel de Santa Maria foi ‘brincadeira’ entre colegas
– Editorial: Tutela militar
O Sul21, que acompanha desde o início o caso do soldado que teria sido estuprado nas dependências de um quartel do Exército, esteve na semana passada em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul. Na cidade, a reportagem conversou com os pais do jovem de 19 anos e com o advogado da família.
O jovem, naturalmente tímido e reservado, tornou-se um recluso. Só sai de casa acompanhado, para visitar médicos e psiquiatras. Não consegue reter nada no estômago: vomita os alimentos logo após as refeições. O programa em uma rádio comunitária, que apresentava aos sábados à noite, foi abandonado. Mesmo com reiterados convites do responsável, o jovem recusou-se a retornar à emissora, a menos de uma quadra de sua casa.
A família do soldado violentado tem origem simples. O pai é motorista de caminhão. A mãe está em auxílio-doença, depois de trabalhar como operadora de máquina em uma fábrica de alimentos. Investiram boa parte de sua renda na compra de vestimentas para que o filho mais velho pudesse prestar o serviço militar. “É um guri ingênuo, que não vê maldade nenhuma nas coisas”, diz a mãe do jovem. “É uma criança. As duas irmãs dele são bem mais novas e são mais ligadas nas coisas do que ele”.
Hoje, todos vivem praticamente escondidos, fugindo da repercussão do crime em suas vidas. Enquanto isso, os acusados da violência seguem normalmente suas atividades na caserna, aguardando os resultados finais de um arrastado inquérito militar. “Não receberam nem mesmo uma repreensão disciplinar”, lamenta o advogado Diego Strassburger. Para o Exército, o jovem estuprado por quatro colegas é, na prática, mais culpado do que eles.
O primeiro contato do advogado com seu cliente não poderia ter sido mais chocante. O jovem de 19 anos recebeu-o no quarto, cerca de uma semana depois de ser estuprado, com o corpo totalmente coberto por lençóis e apenas parte do rosto aparecendo. Não queria ver e nem ser visto. “Eu sou advogado, leigo em medicina, mas ficou claro para mim que ele estava traumatizado, em estado de choque”, conta.
Punição veio em nome de outro soldado
Desde que entrou para o serviço militar, em fevereiro deste ano, o recruta tornou-se vítima quase imediata de alguns colegas de farda. Passou a ser xingado quase diariamente, acusado de homossexual. Além disso, era forçado a realizar tarefas de outros recrutas, acumulando tarefas. Tímido, calava como uma criança diante dos abusos, ainda que repetisse, em casa, a ideia de deixar o serviço militar. “Durante o dia, os oficiais estavam lá, então ele se sentia mais seguro. De noite, ele ficava desprotegido”, diz a mãe.
O jovem tinha serviço agendado para um sábado. Na segunda-feira, iria a campo, junto com os demais recrutas. Mas todos foram liberados na sexta, inclusive ele. Quando voltou de campo, o jovem recebeu a punição como se tivesse se ausentado do serviço, e não recebido a dispensa. O próprio documento relativo à punição apresenta, segundo os familiares, o nome e assinatura de outro soldado.
Violação ocorreu nas dependências do Parque Regional de Manutenção do Exército, em Santa Maria | Foto: AI/Exército

“Até hoje a gente não entendeu”, lamenta o pai do recruta. “Uma simples falta de serviço e dez dias de punição? Eu servi como militar e sei que faltar o serviço dava no máximo em um pernoite de fim de semana”. A própria punição provoca dúvidas nos pais. “Ele nunca faltou serviço, nunca. Chegava em casa e já engraxava as botas, ia dormir cedo e levantava todos os dias às cinco da manhã”, garante a mãe.
Ao saber que o filho teria que ficar dez dias no quartel, a mãe levou um pacote com camisetas, meias e cuecas, para que ele pudesse trocar de roupa durante o período. Um pacote que, diz, nunca foi entregue. Durante todo o tempo, mesmo nos primeiros dias após o abuso sexual, o jovem usava sempre as mesmas meias e cuecas, já que não recebeu as mudas de roupa enviadas pela mãe nem teve vestimentas fornecidas pelo quartel.
Após violência, recruta passou a noite em meio aos agressores
Na noite da agressão, os responsáveis pela vigilância pediram que os detidos colocassem suas camas em um dos cantos do alojamento, de forma que todos ficassem em seu campo de visão. Os agressores encostaram os beliches uns nos outros, formando uma espécie de bloco. Também fizeram com que a vítima dormisse entre eles, em uma das camas do meio, sem chance de fugir.
Após fazer a faxina no banheiro, última das tarefas a cumprir naquele dia, o jovem de 19 anos deitou-se em seu beliche e colocou os fones de ouvido. A música impediu que escutasse a movimentação de seus agressores. Foi pego de surpresa, segurado pelos braços e pelos pés, e teve o rosto forçado contra o travesseiro para que não conseguisse gritar.
No momento do estupro, cerca de 20 colegas de caserna estavam no alojamento. Em depoimento a seus superiores, todos eles juraram estar dormindo enquanto o jovem era violentado. Após ser estuprado durante cerca de 30 minutos ininterruptos, teve que passar a noite em seu beliche, cercado pelos mesmos homens que tinham acabado de violentá-lo.
Só foi conversar com o sargento no dia seguinte. Tomado por medo e vergonha, talvez nem tivesse tomado a iniciativa por si mesmo; os comentários dos soldados, discutindo abertamente o ataque, é que pressionaram o jovem a procurar seu superior e relatar o estupro.
Na sexta-feira, 20 de maio, o jovem soldado passaria pelo ritual da entrega da boina, fundamental para que os recrutas possam andar fardados na rua. Na véspera, ligou para a mãe. “Não precisa ir no quartel amanhã, porque não vou colocar a boina. Eu estou internado no hospital. Passei mal”. O aviso só foi possível porque o soldado levava um celular sempre consigo, escondido no bolso da calça. Foi assim, avisada de forma clandestina pelo próprio filho, que a família soube da internação. Dos militares, nem uma palavra.
Localização de Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul | Foto: Google Maps.
“O que dá mais raiva é que estavam nos enganando direitinho”
Dois dias depois, a mãe conversou com sua irmã por telefone. Na conversa, a tia do jovem revelou ter ouvido de um médico que um “soldado ralo” estava no mesmo hospital por ter sido violentado sexualmente dentro do quartel. O médico, um infectologista, soube do caso quando militares foram a seu consultório pedir que ele autorizasse injeções contra doenças sexualmente transmissíveis. O médico se recusou, dizendo que só daria atestado depois de uma consulta com o paciente. Alertado pela mãe, o pai conversou em particular com o filho. “Disse para ele: eu já sei o que aconteceu, só preciso que tu confirme que foi contigo, sim ou não”. Cinco dias depois do estupro, e novamente por meio da própria vítima, os pais finalmente souberam do que se tratava o mal súbito de seu filho.
“Crime sexual deixa vestígios genéticos, mas eles desaparecem rápido”, lembra o advogado Diego Strassburger. “As primeiras diligências são fundamentais, não apenas para determinar o crime, mas para coletar indícios de autoria. Por que deixaram o jovem internado cinco dias sem que nem seus pais soubessem do acontecido, e depois mais alguns dias sem poder deixar o hospital e sem receber esses exames?”, questiona. O exame de lesões corporais, feito dez dias depois do estupro, comprovou a violência, mas foi – previsivelmente – incapaz de oferecer indícios de autoria.
“O que dá mais raiva é que estavam nos enganando direitinho”, revolta-se a mãe do soldado. “Se não fosse esse médico de fora que eles pediram atestado, a gente não ia descobrir, até porque ameaçaram o guri para não contar nada, senão seria pior para ele”. Os pais falaram com um capitão, que pediu ao pai que não se preocupasse: “vamos tratar ele como se fosse nosso filho”. Convenceram os pais, de início, a não ir à delegacia; tudo seria resolvido dentro da caserna.
Jovem prestou depoimento sem presença de advogado
No primeiro depoimento para os militares, no dia 19 de maio, o recruta não estava acompanhado de advogado. No seguinte, menos de uma semana depois, teve a companhia de um representante legal – que, no entanto, não teve oportunidade de conversar com seu cliente antes do depoimento. São esses dois interrogatórios, feitos em estado de choque e sem acompanhamento adequado, que baseiam as conclusões do inquérito que chega nos próximos dias ao Ministério Público Militar. O terceiro depoimento, feito para pequenos esclarecimentos adicionais, só ocorreu quase três meses depois – e foi o único ao qual o atual grupo de advogados teve acesso.
O primeiro dos exames de sorologia feitos no recruta deu positivo para o vírus HIV. O segundo exame e a contraprova, feitos logo em seguida, deram negativo. Mesmo assim, a primeira amostra foi suficiente para que um subtenente usasse a informação em uma discussão com a mãe do jovem. “Ficou falando que meu filho era homossexual, que tinha HIV. Tudo isso no corredor do hospital, com gente passando para lá e para cá. Foi aí que me irritei”, conta a mãe. “Disse que meu filho não era homossexual, que se fosse eu saberia, porque eu criei ele. Que eu queria entrar no quarto e perguntar para ele se ele era homossexual, que se ele tinha confirmado para o subtenente, ele confirmasse para mim também”. Foi quando a mãe foi ameaçada de prisão, por estar desacatando uma autoridade dentro de instalação militar.
Segundo os pais, os militares só ofereceram assistência psicológica e psiquiátrica depois que o caso chegou à imprensa. O pai conversou com a psicóloga cedida pelos militares apenas uma vez. “É essa a assistência deles”, ironiza. A psicóloga designada pelo quartel já deu alta para o jovem, enquanto a psiquiatra reduziu as consultas para uma vez por mês.
Deputado Jeferson Fernandes (PT) conversou com o jovem em Santa Maria | Foto: Divulgação
Jovem seria incapaz de prestar serviço militar
Durante o acompanhamento psicológico e psiquiátrico do caso, os especialistas contratados pela família começaram a suspeitar que o jovem pode sofrer de atraso mental. Ainda não confirmada, a hipótese dos profissionais que o atendem é de que a timidez e retraimento do jovem soldado sejam consequência de uma idade mental de 10 ou 11 anos. Ou seja, o jovem seria incapaz de prestar o serviço militar, o que os exames de admissão do Exército falharam em detectar. Além disso, a descoberta explicaria o comportamento do jovem soldado antes e principalmente depois da violência sexual. “Estamos esperando a chegada de um laudo bem completo que solicitamos para confirmar essa possibilidade”, disse Diego Strassburger.
Comprovada a suspeita, os advogados da família ingressarão na Justiça comum contra o Exército e a União. Restará, então, o processo na Justiça Militar – onde o jovem estuprado pode até ser arrolado como réu, e não como vítima. Isso ocorrerá caso o procurador responsável acolha a provável conclusão do inquérito: de que o que ocorreu na noite de 17 de maio não foi uma violência sexual, e sim um crime de pederastia. Ou seja, os cincos recrutas teriam feito sexo de forma consentida, sendo todos igualmente culpados no que já foi qualificado como “brincadeira” por alguns oficiais. “Posso acabar virando advogado de defesa, por mais absurdo que isso possa parecer”, declara o advogado da família.
No início dessa semana, uma junta militar se reunirá para discutir o caso. Os familiares temem que seja tomada uma decisão que, a julgar pelas últimas ações do Exército, já está se desenhando: a de que o recruta seja convocado a voltar imediatamente ao trabalho no quartel. Outras opções preveem colocar o jovem para trabalhar diretamente com o general Sérgio Etchegoyen, comandante da 3ª Divisão de Exército, ou ser deslocado para atividades internas no hospital de guarnição. “Ele ficaria resguardado, é o que dizem. Mas que tipo de resguardo ele teria nesse caso? Ficará estigmatizado”, critica o advogado da família.
Família pensa em deixar Santa Maria
“Nem que ele quisesse eu poderia deixar ele sair sozinho, no estado que ele está”, acrescenta a mãe. “O que ele quer é ir embora de Santa Maria, do jeito que for”. Os próprios pais do soldado passam pela mesma situação – transformados junto com o filho em culpados da violência que desestabilizou toda a família. “Fomos ao quartel no dia do depoimento dele, e todos ficaram olhando para nós. Um deles ficou me encarando”, diz o pai.
“Aqui no Brasil, a lei é porca”, desabafa a mãe. “Se eles forem presos, ficam na cadeia alguns meses e já estão soltos de novo. Vou saber o que vão fazer com meu filho se encontrarem ele na rua? Quando isso acabar, o que eu quero é ir embora daqui”. O pai concorda, dizendo que só não foram embora porque as duas filhas, de 7 e 8 anos, precisam terminar o ano letivo.
Mesmo assim, o pai do soldado violentado por colegas dentro da caserna garante que não desistirá antes que se faça justiça. “Mexeram com as pessoas erradas”, garante ele. “Mexeram com o meu filho, e agora eu vou até o fim. Quero a cabeça deles em uma bandeja, ou então eu mesmo vou buscar.”

Ouvidor vai analisar se violência contra soldado em Santa Maria é passível de intervenção federal

Ouvidor dos Direitos Humanos, procurador Domingos Sávio da Silveira esteve reunido com o governador Tarso Genro nesta terça, em Porto Alegre | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Rachel Duarte
Designado pela ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário a acompanhar o processo do soldado violentado em um quartel do Exército em Santa Maria, o Ouvidor Nacional dos Direitos Humanos, Domingos Sávio Dresch da Silveira, afirmou nesta terça-feira que pretende analisar se o caso é passível de uma intervenção do governo federal.
“Dependendo da situação, se encontrada alguma quebra de tratado internacional que o Brasil tenha subscrito, teremos uma questão federal mais grave e então uma razão para intervenção”, afirmou o ouvidor, que preferiu não entrar no mérito do caso antes de ter acesso ao processo na Justiça Militar de Santa Maria.
Domingos Silveira deveria ter ido na semana passada ao interior do Rio Grande do Sul para acompanhar o caso, mas teve que dar prioridade à denúncia da adolescente que foi violentada em um presídio no Pará. “Fomos atropelados pelo caso da adolescente encontrada no presídio do Pará”, destacou. Segundo o ouvidor, a intenção é agendar a ida a Santa Maria para as próximas semanas. “Esta semana estarei em Brasília e no Ceará. Assumo o compromisso de falar assim que tomar posse do caso”, afirmou.
O caso, que vem sendo acompanhdo pelo Sul21, aconteceu em maio deste ano, no Parque Regional de Manutenção de Santa Maria. Um soldado de 19 anos, alvo de ameaças e humilhações, foi violentado por quatro colegas durante à noite, no alojamento do quartel. Após o ataque, passou mais de uma semana no Hospital de Guarnição, incomunicável, sem que nem seus pais soubessem que ele se encontrava internado ou o que tinha acontecido com ele. O Ministério Público Militar, porém, concluiu que o estupro seria uma relação sexual consentida entre os soldados. O jovem que denunciou ter sido estuprado pode acabar virando réu se a versão do inquérito for acatada pela Justiça Militar.
Ouvidor propôs ao governador a criação de uma ouvidoria agrária no RS | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Ouvidoria Agrária
Domingos Sávio da Silveira esteve reunido nesta terça com o governador Tarso Genro, para discutir a criação de uma ouvidoria agrária no Rio Grande do Sul. “Propomos algo que já existe em muitos Estados. Uma estrutura especial para dar enfrentamento aos conflitos agrários. Sugerimos a criação de um comando na Polícia Militar responsável pela conciliação dos conflitos e no comando das operações de forma especial. O mesmo propomos para a Polícia Civil: termos um delegado de polícia agrário”, explicou.
Silveira disse que, pela sua experiência em direito agrário, a cultura dos policiais muda quando criados este órgãos. “No país, isso tem funcionado de forma eficiente, como no Pará e no Maranhão, onde a violência é muito maior que no RS. Depois de Eldorado dos Carajás, o único Estado onde houve morte em operação por desocupação de ordem judicial foi o Rio Grande do Sul (em agosto de 2009, o integrante do MST Elton Brum da Silva foi morto em uma ação da PM em São Gabriel). Aqui foi o único Estado também em que não foi assinado o pacto entre os comandos das polícias militares brasileiras para respeitarem regras mínimas no cumprimento de mandados judiciais de desocupação”, alertou Silveira.
O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Airton Michels, disse que a proposta foi recebida de forma positiva. “O governador me encaminhou a proposta e iremos analisar para depois discutirmos a melhor forma de constituir estas equipes para lidar com o tema. Os conflitos fundiários já são tratados pelas polícias dentro das coordenadorias de Direitos Humanos instituídas no começo da nossa gestão”, argumentou.
Domingos Silveira também propôs ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a criação de espaços especializados na resolução de conflitos fundiários. “A ideia é formar um grupo de profissionais da justiça especializados em atuar nesta área e, com isso, não aplicar pura e simplesmente o Código Civil, aplicando mais os princípios do direito agrário. E também, ter profissionais com conhecimento mais profundo da realidade e que possa apurar os casos com técnicas de mediação de conflitos”, explicou.