Diversidade: flutuação, heterogeneidade, inconstância, multiplicidade, pluralidade, variação, variedade e volubilidade. Adverso: contrário, desconforme, inverso, opoente e oposto. Este blog nasceu de um desejo de lutar pela diversidade, de expor minhas opiniões, de me fazer ouvir em um mundo onde as pessoas se escondem atrás de velhos costumes e rótulos amarelados.
sábado, 29 de janeiro de 2011
DIA 29 DE JANEIRO DIA DA VISIBILIDADE TRANS
Nos últimos vinte anos, quase mil transexuais e travestis foram mortas no Brasil. Uma a cada 10 dias. Curitiba teve quatro assassinatos no período de pouco mais de um mês. A última vítima foi morta a pedradas na madrugada desta segunda-feira. Jesus não apareceu para dizer que apenas o que não tivesse pecado que atirassem a primeira pedra. E foram várias. E são várias as pedras que são atiradas contra as travestis e transexuais durante toda as suas vidas. Dentro e fora da comunidade gay.
Dia 29 de janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade Trans! Mas há algo para se comemorar este ano. O destaque da transexual Ariadna no Big Brother, a inclusão do nome social em documentos escolares e universitários, o reconhecimento do direito a uma identidade feminina nos registros oficiais. As transexuais conseguiram que a operação de mudança de sexo entrasse para o Sistema Único de Saúde. Obviamente, há preocupações e muitos problemas ainda, mas há de se comemorar. Segundo o Grupo Gay da Bahia, estima-se que devam existir no Brasil por volta de 50 mil travestis e duas mil transexuais, 90% vivendo como profissionais do sexo.
Entre as famosas brasileras há um verdadeiro time de celebridades: Rogéria, Roberta Close, Telma Lipp, Claudia Wonder e também uma das top models mais celebradas do último ano, Lea T. Leo Kret e Katia Tapety fazem bonito na política. A primeira como vereadora de Salvador, e a segunda como vereadora e vice-prefeita da cidade de Colônia no Piauí. São vencedoras. São mulheres trans que lutam pelo seu espaço em uma sociedade que insiste em jogá-las para a margem.
A data é comemorada neste dia pois em 29 de janeiro de 2004, 27 ativistas trans participaram no Congresso Nacional do lançamento da primeira campanha contra a transfobia no país. A campanha nacional "Travesti e Respeito" marcou história junto com a fundação da Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Rio de Janeiro (ASTRA), naquela mesma data. Este ano elas comemoram o lançamento da segunda campanha, também usando a imagem de travestis militantes de todo o país. A campanha “Olhe, olhe de novo e veja além do preconceito” (imagem acima) será lançada neste sábado, simultaneamente em 22 capitais do país e em alguns centros urbanos do inteiror.
Em São Paulo haverá debates, mostra artística e seminário. Mas se vc não é de São Paulo, faça a sua parte em sua cidade, divulgue essa data!
São Paulo
- 27/01, 16h - Vídeo-debate sobre transexualidade (*CRD)
- 28/01, 16h - Lançamento do livro "Diversidade Revelada" e exposições de fotos de travestis e transexuais da cidade de São Paulo (CRD)
- 29/01/2010, 19h – Exposição de Artes Multimídias Sobre Travestis e Transexuais no Brasil. Show Performático com a Marcela Volpe homenageando o ícone Dalida(*Casarão Brasil)
- 01/02/2010, 19h. – Exibição do filme “O T da questão” (CRD)
- 02/02/2010, 19h. Terças Trans Especial – Os caminhos da Cidadania de Travestis e Transexuais de SP – Resolução 208/2009 Cremesp / Decreto n.º 51.180 (CRD)
- 03/02/2010, 19h. – Roda de conversa. Tema: Homens Trans Exibição Filme Surpresa (Casarão Brasil)
- 04/02/2010, 19h. – Peça Teatral “Um Dia, Um Cisne” (Casarão Brasil)
- 05/02/2010, 19h. – Encerramento com a exibição do filme “Meu amigo Cláudia” (CRD)
*Serviço
CRD - Centro de Referência da Diversidade
Endereço: Rua Major Sertório, 292,294 – República.
Telefone: (11) 3151-5786
Casarão Brasil
Rua Frei Caneca, 1057
Tel.: (11) 3171.3739
E-mail: contato@casaraobrasil.com.br
www.casaraobrasil.org.br
FONTE:
http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&moe=84&id=17385
http://www.agenciaaids.com.br/site/noticia.asp?id=16526
PARTICIPE DA FRENTE PAULISTA CONTRA A HOMOFOBIA
Homofobia em São Paulo será discutida no sábado
Militantes paulistas se reúnem hoje para formatar Frente Contra a Homofobia
Militantes paulistas se reúnem hoje para formatar Frente Contra a Homofobia
Criada depois da série de ataques homofóbicos ocorridos no fim do ano passado na Avenida Paulista, em São Paulo, a Frente Paulista Contra a Homofobia vai realizar sua terceira reunião hoje, 29, a partir das 10h, na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Plenário Paulo Kobayashi – Andar Monumental.
Os trabalhos vão se estender durante todo o dia e estão divididos em quatro atividades que começam com o histórico do movimento LGBT e sua base conceitual, passa pela definição da missão e dos valores da Frente e formação de grupos de trabalho e distribuição voluntária de membros e termina na apresentação do planejamento dos grupos para a plenária.
Os trabalhos vão se estender durante todo o dia e estão divididos em quatro atividades que começam com o histórico do movimento LGBT e sua base conceitual, passa pela definição da missão e dos valores da Frente e formação de grupos de trabalho e distribuição voluntária de membros e termina na apresentação do planejamento dos grupos para a plenária.
PARA PARTICIPAR DA FRENTE PAULISTA CONTRA A HOMOFOBIA CADASTRE-SE:
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
LUTE CONTRA O ESTUPRO COLETIVO NA ÁFRICA DO SUL
Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive.
Infelizmente Millicent não é a única: este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.
De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em rede nacional. Porém, o ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.
Vamos expor este horror em todos os cantos do mundo -- se um grande número de pessoas aderirem para amplificar e escalar esta campanha, poderemos chegar ao Presidente Zuma, autoridade máxima na garantia dos direitos constitucionais. Vamos exigir de Zuma e do Ministro da Justiça que condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizando crimes de homofobia e garantindo a implementação imediata de educação pública e proteção para os sobreviventes. Assine a petição agora e compartilhe -- nós a entregaremos ao governo da África do Sul com os nossos parceiros na Cidade do Cabo:
http://www.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/97.php?cl_tta_sign=643cac33b5528bbd35dd127ffbdfa290
A África do Sul, chamada de Nação Arco-Íris, é reverenciada globalmente pelos seus esforços pós-apartheid contra a discriminação. Ela foi o primeiro país a proteger constitucionalmente cidadãos da discriminação baseada na sexualidade. Entretanto, apenas na Cidade do Cabo, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade.
O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”. E este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”.
A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e na impunidade.
Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir. Se o mundo todo aderir agora, nós conseguiremos justiça para a Millicent e um compromisso nacional para combater o “estupro corretivo”:
http://www.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/97.php?cl_tta_sign=643cac33b5528bbd35dd127ffbdfa290
Esta é uma batalha da pobreza, machismo e homofobia. Acabar com a cultura do estupro requer uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um tradicionalista Zulu, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também condenou a prisão de um casal gay em Malawi no ano passado, e após uma pressão nacional e internacional forte, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.
Se um grande número de nós participarmos neste chamado por justiça, nós poderemos convencer Zuma a se engajar, levando adiante ações governamentais cruciais e iniciando um debate nacional que poderá influenciar a atitude pública em relação ao estupro e homofobia na África do Sul. Assine agora e depois divulgue:
http://www.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/97.php?cl_tta_sign=643cac33b5528bbd35dd127ffbdfa290
Em casos como o da Millicent, é fácil perder a esperança. Mas quando cidadãos se unem em uma única voz, nós podemos ter sucesso em mudar práticas e normas injustas, porém aceitas pela sociedade. No ano passado, na Uganda, nós tivemos sucesso em conseguir uma onda massiva de pressão popular sobre o governo, obrigando-o a engavetar uma proposta de lei que iria condenar à morte gays da Uganda. Foi a pressão global em solidariedade a ativistas nacionais corajosos que pressionaram os líderes da África do Sul a lidarem com a crise da AIDS que estava tomando o país. Vamos nos unir agora e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.
VOCÊ PODE FAZER SUA PARTE MESMO DE LONGE!!
Leia mais:
Mulheres homossexuais sofrem 'estupro corretivo' na África do Sul:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/09/mulheres-homossexuais-sofrem-estupro-corretivo-na-africa-do-sul-915119997.asp
ONG ActionAid afirma que "estupros corretivos" de lésbicas na África do Sul estão aumentando:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2010/03/22/243215-ong-actionaid-afirma-que-estupros-corretivos-de-lesbicas-na-africa-do-sul-estao-aumentando
Acusados de matar atleta lésbica são julgados na África do Sul:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,acusados-de-matar-atleta-lesbica-sao-julgados-na-africa-do-sul,410234,0.htm
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
NOVO ATAQUE HOMOFOBICO NA SAIDA DA DANCETERIA "LOCA"
Olá pessoal, bom dia! Esse link abaixo é para assinar a "Petição contra a homofobia e por mais segurança em São Paulo"
http://www.peticaopublica.com/?pi=AUFC2011
Eu já assinei e acho que devemos apoiar a iniciativa porque os atos violentos na região próxima a Paulista não pararam. Vamos nos unir, afinal de contas, cada um deve fazer a sua parte!
E para quem acha que os ataques já acabaram, leia abaixo o relato de um estudante de pós-graduação da USP, que sofreu um ataque homofóbico nesta terça feira dia 25 de janeiro ao sair da "LOCA"
"Saindo de uma festa na danceteria LOCA (Rua Frei Caneca), por volta das 5h da manhã de 25/jan, passando pela rua Peixoto Gomide que dá acesso à rua Augusta, um rapaz (de acordo com meu amigo que me acompanhava no momento era um homem careca vestido de preto pertencente a um grupo de jovens que no momento bebiam e usavam maconha) me atacou com uma garrafa de vidro nos olhos o que levou a ferimentos em minha pálpebra direita e no entorno do olho. Em seguida, meu amigo levou socos no peito do mesmo rapaz. Não vi quem me atacou pois o fato aconteceu repentinamente. Ambos fugimos para um posto de gasolina na esquina Augusta x Peixoto Gomide. Enquanto tentávamos contatar o 190 (que estava com as linhas sobrecarregadas neste momento) outras pessoas também foram atacadas por este mesmo grupo de jovens, logo em seguida, pois conversei com mais 2 garotos com apresentavam os narizes ensanguentados e fugiram de medo, assim como eu, logo em seguida, pois o grupo começou a nos assistir e caminhar em nossa direção.
É importante salientar que não ouve qualquer interação com este grupo de jovens a não ser cruzar a mesma calçada onde eles estavam. No momento, eu e meu amigo ríamos sobre como havia terminado nossa noite apenas.
Meu amigo, durante a fuga do grupo, entrou no primeiro táxi que viu ainda na Augusta, eu corri até a Paulista x Haddock Lobo onde recorri à polícia militar presente (2 soldados) , os quais nada fizeram a não ser me oferecer companhia enquanto meus amigos que eu havia chamado via celular não chegavam de táxi para me encaminhar no hospital. Nenhum deles solicitou patrulhamento na região do acontecimento via rádio enquanto estive com eles. Recorri à minha assistência médica particular para cuidar dos ferimentos, a qual me recomendou repouso completo durante 5 dias".
PEÇO QUE REFLITAM E ASSINEM A PETIÇÃO!!!
"Deixar o erro sem refutação é estimular a imoralidade intelectual" - Karl Marx
http://www.peticaopublica.com/?pi=AUFC2011
Eu já assinei e acho que devemos apoiar a iniciativa porque os atos violentos na região próxima a Paulista não pararam. Vamos nos unir, afinal de contas, cada um deve fazer a sua parte!
E para quem acha que os ataques já acabaram, leia abaixo o relato de um estudante de pós-graduação da USP, que sofreu um ataque homofóbico nesta terça feira dia 25 de janeiro ao sair da "LOCA"
"Saindo de uma festa na danceteria LOCA (Rua Frei Caneca), por volta das 5h da manhã de 25/jan, passando pela rua Peixoto Gomide que dá acesso à rua Augusta, um rapaz (de acordo com meu amigo que me acompanhava no momento era um homem careca vestido de preto pertencente a um grupo de jovens que no momento bebiam e usavam maconha) me atacou com uma garrafa de vidro nos olhos o que levou a ferimentos em minha pálpebra direita e no entorno do olho. Em seguida, meu amigo levou socos no peito do mesmo rapaz. Não vi quem me atacou pois o fato aconteceu repentinamente. Ambos fugimos para um posto de gasolina na esquina Augusta x Peixoto Gomide. Enquanto tentávamos contatar o 190 (que estava com as linhas sobrecarregadas neste momento) outras pessoas também foram atacadas por este mesmo grupo de jovens, logo em seguida, pois conversei com mais 2 garotos com apresentavam os narizes ensanguentados e fugiram de medo, assim como eu, logo em seguida, pois o grupo começou a nos assistir e caminhar em nossa direção.
É importante salientar que não ouve qualquer interação com este grupo de jovens a não ser cruzar a mesma calçada onde eles estavam. No momento, eu e meu amigo ríamos sobre como havia terminado nossa noite apenas.
Meu amigo, durante a fuga do grupo, entrou no primeiro táxi que viu ainda na Augusta, eu corri até a Paulista x Haddock Lobo onde recorri à polícia militar presente (2 soldados) , os quais nada fizeram a não ser me oferecer companhia enquanto meus amigos que eu havia chamado via celular não chegavam de táxi para me encaminhar no hospital. Nenhum deles solicitou patrulhamento na região do acontecimento via rádio enquanto estive com eles. Recorri à minha assistência médica particular para cuidar dos ferimentos, a qual me recomendou repouso completo durante 5 dias".
PEÇO QUE REFLITAM E ASSINEM A PETIÇÃO!!!
"Deixar o erro sem refutação é estimular a imoralidade intelectual" - Karl Marx
MAIS UM CRIME DE HOMOFOBIA
Jambeiro: homem confessa ter matado travesti por dívida de R$ 4 |
Se condenado, homem pode cumprir até 30 anos de pena |
Está preso o homem suspeito de matar um travesti no fim de semana, em Jambeiro. Na delegacia, Jefferson Rosa confessou o crime. E explicou que causa foi uma dívida de R$ 4 e um cigarro. "Quatro reais, pra beber um goró. Porque eu tinha trabalhado, tinha ganhado meu dinheiro e como ela não tinha e eu não quis pagar, ela ficou brava e eu também fiquei bravo e foi por isso, ué", declarou Jefferson. A polícia prendeu o suspeito em Caçapava. Um pedaço de pau, usado no crime, também foi apreendido. Segundo o acusado, o travesti ainda teria ido até a casa dele para ameaçá-lo. "Falou que se eu não abrisse ela ia pegar o facão e me atingir. Aí eu agi mais rápido que ela". O crime foi em um parque de diversões na madrugada de domingo. O local fica ao lado da delegacia da cidade. "Além do motivo fútil, da dívida mínima, tem também a questão homofóbica", explicou o delegado Marcio Ramalho. A homofobia é o crime praticado contra homossexuais. Se condenado, Jefferson pode cumprir até 30 anos de pena. FONTE: http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=88889&id2=1 ACESSE E VEJA O VÍDEO DA REPORTAGEM! |
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
"Você não pode ser gay no Irã"
BABETH BETTENCOURT BBC Brasil
Sharia
Segundo Parsi, de acordo com a lei islâmica Sharia, os homossexuais podem ser perseguidos e condenados à morte por
apedrejamento, forca, corte por espada ou sendo jogados do alto de um penhasco. Um juiz da corte islâmica decide como ele
deve ser morto.
"É impossível saber os números de execuções por homossexualidade, porque eles não são divulgados pelo Ministério da Justiça."
O ativista explica, no entanto, que a homofobia no Irã não parte apenas do governo.
"No ano passado, por exemplo, soubemos do caso de um pai que ateou fogo e matou o próprio filho, de 18 anos, quando
descobriu que ele era gay, para manter a honra da família."
"Muitos não chegam a ser presos ou perseguidos pela polícia, mas são executados pela própria família", diz ele, "em geral, a
sociedade apóia a perseguição dos gays."
Parsi explica que falta informação no país, onde se aprende na escola que a homossexualidade é proibida e vai contra as leis de
Deus.
"Os iranianos não têm idéia da diferença entre homossexualidade, sodomia e pedofilia. Eles acham que homossexuais estupram
crianças."
"Quando concluí que era gay sofri muito, me voltei para o islamismo, rezava para Alá 24 horas por dia pedindo que ele me
fizesse uma pessoa melhor", conta Parsi.
Mudanças
O diretor-executivo da IRQO conta que, na sua infância, não lembra de jamais ter visto a questão ser tratada pela mídia, mas,
segundo ele, isso está mudando.
Ele próprio deu entrevista recentemente para o serviço persa da BBC, transmitido no Irã, e outras revistas abordam o assunto.
Parsi explica que a internet é o principal meio de comunicação da comunidade gay e que com o aumento da informação
circulando, mais e mais escritores e poetas homossexuais vêm se manifestando e escrevendo sobre o assunto.
Sua organização recebe cerca de cem e-mails por dia de pessoas pedindo informações, e a revista online por eles editada tem
5.000 assinantes.
"As pessoas me dizem que o homossexualidade está começando a ser aceita no Irã. Eu digo que não, mas que pelo menos agora
mais gente sai do armário." Os gays do Irã vivem sob constante ameaça não apenas da polícia e do governo, como também da sociedade, disse à BBC Brasil o ativista Arsham Parsi, diretor executivo da IRQO (Iranian Queer Organization), uma organização iraniana que luta pelos direitos dos homossexuais.
"A vida para um gay iraniano é muito dura, por falta de informação sobre o assunto e falta de segurança também. Ele tem que usar uma máscara 24 horas por dia. Você não pode ser jovem e gay no Irã", disse Parsi à BBC Brasil.
O próprio presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deu uma idéia do drama enfrentado pelos gays no seu país, ao declarar, em uma palestra em Nova York, que não havia homossexuais no Irã.
"Ele [Ahmadinejad] nega a minha existência, assim como nega a existência do Holocausto e de prisioneiros políticos no Irã", disse Parsi.
Fuga
Falando do Canadá pelo telefone, Parsi conta que teve de fugir do Irã em 2005 quando descobriu que a polícia estava atrás dele.
Desde 2001 ele dirige uma organização de defesa dos direitos dos homossexuais.
"Comecei a organização no Irã através de uma rede de e-mails. Ela foi crescendo e em 2005 recebi ameaças por ser ativista. Eu
trabalhava em casa, tinha meu telefone divulgado, e a polícia havia me rastreado. Quando descobri, deixei o Irã em dois dias, e
nunca mais voltei", ele conta.
Um dos trabalhos da IRQO é, justamente, apresentar relatórios e divulgar, em outros países, a situação dos homossexuais no Irã.
"No passado", diz ele, "era mais difícil para homossexuais iranianos conseguir asilo em outros países por serem gays, já que não
havia conhecimento dos riscos. O Ministério da Justiça nega que haja perseguição ou punição aos gays no país, mas sabemos que
não é bem assim".
"Mesmo fora do país, muitos iranianos gays não assumem sua sexualidade, por temer a reação de suas famílias e da
comunidade."
O próprio Parsi conta que, apesar de ser ativista pelos direitos gays, dar entrevistas e falar sobre o assunto na mídia internacional,
a família dele não sabe que ele é homossexual.
Mas, desde que se mudou para o Canadá, Parsi explica que se sente livre para falar e fazer campanha pelo assunto.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Promotores recebem denúncia contra padre que barrou união de deficientes
Pároco e testemunhas serão chamados para depor; família só quer uma retratação.
Padre João Stawick viajou para a Polônia de férias, diz assessoria.
Padre João Stawick viajou para a Polônia de férias, diz assessoria.
Segunda Eda, apesar dos problemas mentais, o casal pode ter filhos. Contrariando o pároco que se baseou no Código do Direito Canônico, que proíbe o casamento de pessoas incapazes de procriar, para negar a celebração do casamento.
A mãe de Pablo quer provar que o padre é preconceituoso e que suas justificativas não tem qualquer fundamento. “Ele primeiro deu a desculpa que os dois não poderiam casar porque meu filho não era batizado. Depois disse que não poderia porque a Claudia era evangélica, o que não é verdade. Cada hora um motivo diferente. Agora tem essa história de que eles não poderiam procriar. De onde ele tirou isso? Nunca ninguém falou isso. Até porque eles podem ter filhos, se quiserem. A sexualidade e o desejo deles são perfeitamente normais. Eles não são extraterrestres. O que ficou claro foi o preconceito. Ele inventou mais uma justificativa”, conta Eda, que espera uma retratação pública de Stawick.
O Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), representado pelo advogado Bruno Salvaterra, vai processar o padre por injúria e difamação. Salvaterra também vai representar o casal Pablo e Cláudia no processo que a família espera ser aberto pelo MP.
O casamento
Apesar da recusa do padre, o casal conseguiu realizar uma cerimônia como nos moldes tradicionais. A festa aconteceu em Niterói, e teve vestido de noiva, fraque, violinista, troca de alianças, show de rock e até rodízio de pizza. Cerca de cem pessoas assistiram a uma missa espiritualista celebrada por um amigo da família. “Foi tudo perfeito. Pena que eles não tiveram opção. Foi um sonho pela metade. Eles queriam que tivesse sido na igreja”, diz o irmão mais novo de Padro, Valério Cazuza, de 30 anos, que revela: “O sonho deles agora é ter a própria casa”.
Polônia
A secretaria da Paróquia São Sebastião de Itaipu disse que o padre João Stawick viajou na última segunda-feira (26) para a Polônia. O pároco teria viajado de férias e sua viagem já estava marcada há meses, não tendo relação com o fato ocorrido. Ele só voltará daqui a dois meses, segundo informou a secretaria. A Arquidiocese de Niterói comunicou, por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar sobre o assunto.http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL14933-5606,00-PROMOTORES+RECEBEM+DENUNCIA+CONTRA+PADRE+QUE+BARROU+UNIAO+DE+DEFICIENTES.html
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Irã pode executar jovens gays nesta sexta. Luiz Mott pede intervenção de Dilma
Dois jovens iranianos gays foram condenados à morte por apedrejamento
O horror deve, mais uma vez, mostrar sua face no Irã. Está marcada para a próxima sexta-feira, 21, a execução da sentença que condenou dois jovens à morte. A razão é a homossexualidade. Identificados como Ayub e Mosleh, de 20 e 21 anos, respectivamente, os rapazes foram condenados ao apedrejamento.
Os dois teriam filmado cenas de sexo nas quais é possível ver uma foto do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, e do líder religioso Ali Khamenei, pregadas na parede.
O Comitê contra o Apedrejamento está realizando uma campanha para tentar suspender a senteça. Na visão de Mina Ahadi, diretora do comitê, casos como o de Sakineh, condenada à morte acusada de adultério e depois perdoada, demonstram que a pressão internacional pode dar frutos. No entanto, a linha ultra conservadora iraniana afirma que não irá amolecer a lei islâmica sob influência do Oriente.
Nos primeiros 18 dias de 2011 47 pessoas já foram executadas pelo governo do Irã, número que representa uma "farra de execuções", na opinião da organização Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irã.
O ativista Luiz Mott, do GGB, pediu a presidenta Dilma Rousseff para que ela interceda pela vida dos rapazes e deixe claro a posição do Brasil neste caso.
Os dois teriam filmado cenas de sexo nas quais é possível ver uma foto do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, e do líder religioso Ali Khamenei, pregadas na parede.
O Comitê contra o Apedrejamento está realizando uma campanha para tentar suspender a senteça. Na visão de Mina Ahadi, diretora do comitê, casos como o de Sakineh, condenada à morte acusada de adultério e depois perdoada, demonstram que a pressão internacional pode dar frutos. No entanto, a linha ultra conservadora iraniana afirma que não irá amolecer a lei islâmica sob influência do Oriente.
Nos primeiros 18 dias de 2011 47 pessoas já foram executadas pelo governo do Irã, número que representa uma "farra de execuções", na opinião da organização Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irã.
O ativista Luiz Mott, do GGB, pediu a presidenta Dilma Rousseff para que ela interceda pela vida dos rapazes e deixe claro a posição do Brasil neste caso.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Por uma infância sem racismo
CAMPANHA MARAVILHOSA, POR QUE O MUNDO PRECISA APRENDER QUE AS CRIANÇAS NASCEM SEM PRECONCEITOS... É O ADULTO QUE LHES ENSINA A TÊ-LOS!
A discriminação racial persiste no cotidiano das crianças brasileiras e se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos.
Com a campanha Por uma infância sem racismo, o UNICEF e seus parceiros fazem um alerta à sociedade sobre os impactos do racismo na infância e adolescência e sobre a necessidade de uma mobilização social que assegure o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância.
Baseada na ideia de ação em rede, a campanha convida pessoas, organizações e governos a garantir direitos de cada criança e de cada adolescente no Brasil.
PARTICIPE!
Fotos da homepage deste blog: UNICEF/BRZ/João Ripper, UNICEF/UKRA/00902/Giacomo Pirozzi, UNICEF/NYHQ/19930405/LeMoyne
VÍDEO OFICIAL DA CAMPANHA
OUTRO VÍDEO MARAVILHOSO!
OUTRO VÍDEO MARAVILHOSO!
PALAVRA ADVERSA: Participe dessa campanha. Fale sobre o assunto com seu filho!!!!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Jovens ofendem nordestinos e moradores de periferia pela internet
Em SP, os alvos são os imigrantes do Nordeste do país.
Já no Rio, população do subúrbio é discriminada na web.
Alguns casos vieram a público nesta semana e viraram assunto de polícia.
E-mails ofensivos foram recebidos pela agremiação. Em uma das mensagens, repleta de palavrões, os nordestinos são chamados de “povinho de cabeça chata”.
No Rio de Janeiro, mais ofensas pela internet. Desta vez, o alvo são as pessoas que visitam a árvore de Natal na Lagoa Rodrigo de Freitas. “Chega a ser repugnante o que está escrito, dizendo que as pessoas que moram no subúrbio, que moram na Baixada, são menores, são piores, são gentinha”, diz o delegado Fernando Veloso.
No Rio e
“A gente quando pensa em crime pensa em arma, pensa em violência, pensa
No Rio, o autor das ofensas é o estudante de direito João Marcos Crespo, que mora próximo à lagoa, em um bairro nobre. Na casa dele, foram encontrados objetos que fazem menção ao nazismo.
Uma das ideias valorizadas pelo estudante é a eugenia - tese de Adolf Hitler para justificar a perseguição aos judeus durante a 2ª Guerra Mundial.
Para a polícia, o estudante escreveu mensagens racistas. Elas dizem que os moradores de subúrbio têm genética inferior, cabelo ruim e estatura baixa. Nesta semana, ele foi interrogado pelo delegado. “Ele atribui essas mensagens a uma brincadeira. A gente percebe que pelo teor da mensagem a gente percebe que não é brincadeira”, diz Veloso.
Na casa do jovem, ninguém quer falar sobre o assunto.
São Paulo
Já o estudante responsável por parte das ofensas à escola de samba paulista se recusa a admitir que errou ao ofender os nordestinos. “Eu não me arrependo de criticar. Eu me arrependi de usar as palavras que eu usei. Se fosse qualquer outra escola, eu ia criticar do mesmo jeito”, diz Caio César.
Em fotos, o jovem aparece com uma bandeira do estado de São Paulo tatuada nas costas. No texto ofensivo aos nordestinos, ele se diz um paulista separatista. “Sim, sim, eu sou separatista”, admite.
Movimentos separatistas querem a independência de alguns estados, formando um novo país.
Essa ideia nunca vingou no brasil. “É uma qualidade do Brasil impedir tendências separatistas que sempre levam a discriminações e formas racistas”, diz o historiador Marco Antonio Villa.
“Você pregar o separatismo e também tendo como argumento que as outras pessoas são de uma raça inferior é crime”, diz a delegada Margarett Barreto.
A delegada e o defensor público Ricardo César Franco são especializados em crimes raciais. Eles acompanham o crescimento de comunidades na internet que pregam ideias preconceituosas.
Franco diz que há uma espécie de manifesto contra os nordestinos migrantes circulando pela web. As ofensas que chegaram na Acadêmicos do Tucuruvi seguem o mesmo pensamento deste texto.
Mas o autor não admite que suas afirmações foram criminosas. “Cara, se é crime isso, a gente vai ter muito criminoso solto por aí.”
A polícia paulista vai cobrar explicações. “A gente tem os rastros dos contatos dele que foram feitos na rede virtual. Então nós vamos localizá-lo com certeza”, diz Barreto.
No Rio de Janeiro, João Marcos Crespo deve responder por crime de racismo. E a busca agora é por quem trocou as mensagens preconceituosas com o estudante. “São pessoas que concordaram com essas mensagens e também estão fazendo divulgar, difundir, uma mensagem discriminatória, uma postura racista”, afirma Veloso.
“Nossa juventude pode manifestar seus pensamentos, suas ideias, mas sem denegrir ninguém, para que a gente possa viver em paz, em harmonia”, completa o delegado.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
RACISMO
Ataques por racismo lideram casos em delegacia especializada de SP
Luiz foi agredido em maio e ainda faz tratamento.
(Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
(Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
Negro que levou pauladas em maio ainda tem coágulo na cabeça.
Carolina Iskandarian Do G1 SP
No gabinete da delegada Margarette Barreto, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo (Decradi), não param de chegar casos motivados pelo o que ela chama de “intolerância”. São agressões a homossexuais, negros, judeus, envolvendo torcedores rivais ou gangues.A história do promotor de crédito bancário Luiz Fernando Pereira Guedes, atacado a pauladas na Avenida Paulista em maio deste ano, poderia estar lá se ele tivesse feito a denúncia. Por ser negro, o rapaz, de 30 anos, acha que foi vítima de racismo. Esse tipo de crime lidera a estatística na delegacia, diz Margarette.
“Os casos são subnotificados porque, geralmente, a vítima não quer exposição. Existem cifras negras. Às vezes, a família não conhece a orientação sexual da pessoa”, diz a delegada, referindo-se aos gays que levam surras na rua. Foram pelo menos seis ataques nos últimos meses, com oito vítimas. Todos nos arredores da Avenida Paulista. “Geralmente, são crimes de gangue, praticados por rapazes de
Margarette disse não ter números, mas percentuais de casos que foram parar na Decradi entre janeiro e novembro de 2010. Inquéritos por intolerância racial/ étnica, onde caberia o caso de Guedes, estão no topo da lista, correspondendo a 29,91% dos registros. Em seguida, vêm os inquéritos abertos por outros motivos (21,34%), como perda de documentos (situações que acabam indo parar na delegacia e não deveriam), e em terceiro os abertos por intolerância à orientação sexual (19.65%). Nestes, se encaixam os episódios de agressão a homossexuais.
Dor de cabeça até hoje
Quem foi vítima de um ataque surpresa dessa natureza, muitas vezes não consegue apagar as marcas da violência. Na tarde desta quinta-feira (9), Guedes voltou a procurar atendimento médico por causa das fortes dores de cabeça que sente em função das duas pauladas levadas
saiba mais
Guedes contou que voltava do teatro com amigos, quando se separou deles para pegar o metrô na Estação Trianon-Masp. “A forma (do ataque) foi brutal. Não vi nada”, lembrou o rapaz, que ficou 12 dias internado devido ao traumatismo craniano. Guedes disse nem saber se foi golpeado por uma ou mais pessoas. “Só ouvi uma voz lá longe dizendo: ‘negro tem que morrer’. Tenho certeza que foi por racismo.”A vítima, que talvez precise de uma cirurgia estética para disfarçar a cicatriz na testa provocada pela agressão informou que procurou uma delegacia perto de sua casa, na Zona Leste, assim que saiu do hospital. “Como nada foi roubado, o delegado disse que não faria boletim de ocorrência porque entraria para as estatísticas.” Diante da negativa do policial, ele desistiu de procurar a Decradi, localizada no Centro da capital.
Perdeu o rim
"Ouvi uma voz lá longe dizendo que negro tem que morrer"
Promotor bancário atacado a pauladas
A travesti Renata Peron, de 33 anos, vive hoje só com um rim. O outro ela perdeu após ter tomado uma “voadora”, um chute bem forte, durante um ataque na Praça da República, no Centro. A agressão foi em 2007 e Renata contou que precisou mudar os hábitos alimentares. “Os médicos aconselharam não comer certas comidas que demorem a fazer a digestão, como carne vermelha”, disse Renata.De acordo com a travesti, nove rapazes, que seriam skinheads, partiram para cima dela e de um amigo. “Só um me bateu. Ele tinha uma placa de metal na ponta da bota”, lembra Renata, que disse não ter ódio dos criminosos. “Ninguém foi preso e fica um sentimento de pena. Nem bicho faz essas coisas. Passei seis meses fazendo terapia para entender por que fui agredida.”
Banco de dados
Na Decradi, existe um banco de dados com fotos de rosto e de tatuagens de suspeitos de cometer esses ataques. O objetivo é ajudar as vítimas e a polícia a prender os culpados, o que a delegada Margarette Barreto considera uma tarefa difícil. “O crime de ódio sempre ultrapassa os limites da vítima. Deixa a comunidade a que ela pertence amedrontada.”
Para evitar que a região abrangendo as ruas Frei Caneca, Consolação, Augusta e a Avenida Paulista seja novamente alvo de ataques por intolerância, a delegada informou ser preciso “repensar quais atividades tomar ali”, mas ressaltou que existe um policiamento ostensivo da Polícia Militar na área. “É um local que a gente procura sempre fazer um monitoramento”, disse Margarette. As vias concentram bares e restaurantes para o público gay.
Ainda tramita na Câmara Federal um projeto para tornar crime a homofobia no país [Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006]. Segundo a delegada, um agressor pode responder a processos por lesão corporal leve até gravíssima, tentativa de homicídio e homicídio. “Deveria ter uma qualificadora pelo crime de ódio, que agravasse a pena”, sustentou Margarette.
Cuidado ao andar
Para o presidente da Associação Casarão Brasil, que defende políticas em favor dos homossexuais, é preciso, a partir de agora, redobrar a atenção. “A orientação que a gente está passando é para a pessoa não bobear, não andar sozinha. Se tem necessidade de andar abraçado, de beijar, que faça com mais atenção”, informou Douglas Drumond.
À frente da presidência da Associação Paulista Viva, o empresário Antonio Carlos Franchini Ribeiro repudiou os atos de violência na região. “A Avenida Paulista é um eixo cultural, social, representa a cidade em todos os seus aspectos.” De acordo com ele, a partir de janeiro do ano que vem, a iluminação dos postes será rebaixada na avenida, levando mais luz às calçadas. “Isso vai melhorar as condições de segurança.”
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PALAVRA ADVERSA: E o que fazer diante de um quadro desse? Estava conversando com a minha irmã sobre isso hoje... cada um de nós tem que fazer sua parte: eu faço campanha pela internet, neste Blog, no Orkut,etc... e você pode fazer a sua: denuncie e se manifeste, eduque seu filho, mostre a ele notícias como essa, mostre a realidade e ensine: ISSO É ERRADO! Somente a educação pode melhorar a humanidade.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
KIT CONTRA A HOMOFOBIA ESTÁ SENDO COMBATIDO. INCRÍVEL MAS TEM GENTE QUE QUER TER O DIREITO DE ENSINAR SEU FILHO A DISCRIMINAR O PRÓXIMO!
Dilma já sofre pressão de evangélicos. Kit escolar contra homofobia é alvo
Lobby de grupo evangélico queer ver Dilma contra kit escolar pró diversidade sexual
Políticos ligados a igrejas evangélicas estão pressionando o governo Dilma para que um kit escolar que conta com vídeos anti-homofobia não chegue às escolas do ensino médio, como quer o MEC.
O kit está criando um enorme buchicho nos bastidores do Congresso e do MEC. O deputado Jair Bolsonaro é a principal voz contra o kit, que para ele “incentiva jovens à homossexualismo”. O kit, na real, tem como objetivo promover a aceitação da diversidade sexual nas escolas e combater o bullying homofóbico. Os vídeos são de cunho educacional e mostram que adolescentes lésbicas, homossexuais e travestis devem ser tratados com naturalidade. Além dos vídeos, o kit conta com cartaz, carta aos professores e cartilha.
Para o grupo evangélico que faz lobby contra o kit, o “voto cristão” foi decisivo na reta final da vitória de Dilma e agora quer cobrar a fatura, já que a então candidata havia se comprometido a não formular propostas sobre temas como casamento gay e aborto.
Mas o governo Dilma já sabe como não não interferir: vai dizer que o MEC é independente e que uma das atribuições dele é promover a segurança de todos os alunos do sistema educacional, incluindo os homossexuais, além de combater todo tipo de violência. Está certíssimo.
O kit está criando um enorme buchicho nos bastidores do Congresso e do MEC. O deputado Jair Bolsonaro é a principal voz contra o kit, que para ele “incentiva jovens à homossexualismo”. O kit, na real, tem como objetivo promover a aceitação da diversidade sexual nas escolas e combater o bullying homofóbico. Os vídeos são de cunho educacional e mostram que adolescentes lésbicas, homossexuais e travestis devem ser tratados com naturalidade. Além dos vídeos, o kit conta com cartaz, carta aos professores e cartilha.
Para o grupo evangélico que faz lobby contra o kit, o “voto cristão” foi decisivo na reta final da vitória de Dilma e agora quer cobrar a fatura, já que a então candidata havia se comprometido a não formular propostas sobre temas como casamento gay e aborto.
Mas o governo Dilma já sabe como não não interferir: vai dizer que o MEC é independente e que uma das atribuições dele é promover a segurança de todos os alunos do sistema educacional, incluindo os homossexuais, além de combater todo tipo de violência. Está certíssimo.
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PALAVRA ADVERSA: Você sabe quem é deputado Jair Bolsonaro? É o deputado que envergonha o Brasil com pérolas inacreditáveis, dizendo que o Presidente deveria ser fuzilado (veja a entrevista http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm), dizendo que criança que mostrar tendências homossexuais tem que apanhar pra virar "homem" (veja - com vídeo http://www.blogdafolha.com.br/index.php/materias/14900?task=view), que é a favor da tortura de de toda e qualquer ação em prol de minorias como negros, indígenas, homossexuais, etc. enfim, é um porco elitista e doente, deveria estar preso. Veja a ficha vergonhosa dele aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jair_Bolsonaro
Ainda se diz contra gays nas forças armadas e outras pérolas em seu site ridículo: http://www.bolsonaro.com.br/jair/
Enfim: o material anti homofobia é uma ação maravilhosa que o governo e o MEC está inciando, e acredito que seja a única maneira efetiva de combater a homofobia, já que a criança não nasce preconceituosa, isso é embutido nela pelos adultos. Veja o vídeo sobre o material da campanha: http://www.youtube.com/watch?v=Oonog6fJe_U&feature=player_embedded
Enfim, para nos ajudar a combater esse porco mande um e-mail para dep.jairbolsonaro@camara.gov.br, repudiando suas atitudes e denuncie na ouvidoria do senado: http://www2.camara.gov.br/participe/fale-conosco/ouvidoria
Não vamos nos calar diante de tantos absurdos. A comissão dos direitos humanos e da criança e do adolescente não está vendo as barbaridades que esse homem vergonhoso está falando? Alooooouuuuu!!!!!
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
NOTICIAS MARAVILHOSAS!!!
Ministro do STF, Carlos Ayres Britto concluirá parecer a favor do casamento gay
Ministro do Supremo deve dar parecer favorável em processo que pede a aprovação da união gay
Ministro do Supremo deve dar parecer favorável em processo que pede a aprovação da união gay
O ministro do STF Carlos Ayres Britto é relator de um processo movido pelo governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, relativo ao casamento gay. Sergio pede no processo que o casamento gay seja validado no Brasil, equiparado em nível judicial ao casamento hétero. O processo corre há pouco mais de um ano no STF, a instância máxima do pode judiciário e, claro, gerará discussões profundas antes de ser votado.
O lado bom é que o STF é pouco sensível à opinião pública, já que toma suas decisões baseadas na Constituição e não no ardor popular. O ministro relator Carlos Britto está debruçado no processo, mesmo em férias, já que seu parecer deve ser entregue em fevereiro. Seu texto está quase pronto, e é dada como certo que seu relatório será favorável ao pedido. Isso é: o ministro deve sugerir que os seus companheiros de corte aprovem o casamento gay no Brasil.
O lado bom é que o STF é pouco sensível à opinião pública, já que toma suas decisões baseadas na Constituição e não no ardor popular. O ministro relator Carlos Britto está debruçado no processo, mesmo em férias, já que seu parecer deve ser entregue em fevereiro. Seu texto está quase pronto, e é dada como certo que seu relatório será favorável ao pedido. Isso é: o ministro deve sugerir que os seus companheiros de corte aprovem o casamento gay no Brasil.
FONTE: http://mixbrasil.uol.com.br/pride/ministro-do-stf-carlos-ayres-britto-concluira-parecer-a-favor-do-casamento-gay.html
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Casal de mães garante direito de registrar filhos em SP
Gêmeos com DNA de uma mãe gerados no ventre da outra mãe serão registrados com sobrenome das duas. Após quase dois anos de batalha judicial, o casal Adriana Tito Maciel e Munira Kalil El Ourra conseguiu o direito de registrar os filhos gêmeos, Ana Luíza e Eduardo, com os sobrenomes de ambas.
A sentença do juiz Fábio Eduardo Basso da 6ª Vara da Família e Sucessões de Santo Amaro, em São Paulo deve ser publicada nos próximos dias. Maria Berenice Dias é a advogada o caso. Munira doou o óvulo, que foi fertilizado com espermatozóides de um doador, cuja identidade não será conhecida, e implantado no últero de Adriana.
Até agora as crianças estão registradas apenas no nome de Adriana mas o casal espera que o novo documento com o nome das duas mães já fique pronto em duas semanas.
A sentença do juiz Fábio Eduardo Basso da 6ª Vara da Família e Sucessões de Santo Amaro, em São Paulo deve ser publicada nos próximos dias. Maria Berenice Dias é a advogada o caso. Munira doou o óvulo, que foi fertilizado com espermatozóides de um doador, cuja identidade não será conhecida, e implantado no últero de Adriana.
Até agora as crianças estão registradas apenas no nome de Adriana mas o casal espera que o novo documento com o nome das duas mães já fique pronto em duas semanas.
FONTE: http://mixbrasil.uol.com.br/noticias/casal-de-maes-garante-direito-de-registrar-filhos-em-sp.html
PALAVRA ADVERSA: Mais uma notícia boa em um país tão cheio de preconceitos. Todos os dias quando vejo uma notícia assim, meu dia se ilumina, pois acredito que nosso Planeta está evoluindo. Acredito no ser humano e em seu poder de mudança!
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
MACHISMO E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Afegãs falam sobre violência doméstica em programa de TV
No programa revolucionário da TV afegã, elas usam máscaras, mas agora, dez anos depois da queda do regime dos talibãs, têm a voz, sempre negada às mulheres.
No Afeganistão, um programa de entrevistas faz história. As convidadas são vítimas de violência doméstica. Elas finalmente têm uma chance de falar em público sobre a situação da mulher naquele país.
Não é preciso conhecer o idioma para entender a dor e o medo. A mulher afegã que conta seu drama na televisão tem o rosto coberto por uma máscara metade azul - como a burca, a roupa símbolo da opressão - metade branca, por uma inocência perdida.
No programa revolucionário da TV afegã, elas continuam sem rosto, mas agora, dez anos depois da queda do regime dos talibãs, têm a voz, sempre negada às mulheres. Depois de ouvir Yasmin, que aos 13 anos foi vendida pelo próprio pai ao marido que a torturava sistematicamente, a autoridade religiosa que está na platéia declara: “Isso é contra o islamismo e contra a lei.”
Na audiência, há também especialistas em direitos humanos e conselheiros. O programa foi ideia de um homem de 28 anos, inspirado no silêncio da própria mãe. Há milhares de mães sem voz, sem oportunidade de falar do seu sofrimento.
Outra mulher agora veste a máscara. Soraya conta que foi forçada a se casar aos 15 anos com um estuprador, que cometia seus crimes dentro de casa. Soraya temia que ele atacasse a própria filha. O diretor diz que sabe que não pode fazer muito por essas mulheres, mas espera evitar que outras passem o mesmo, e mudar a mentalidade dos homens em seu país.
Soraya diz que com a máscara se sente segura e que precisava falar para proteger seus filhos. A reportagem da rede CNN correu o mundo esta semana. Se no Afeganistão a violência sofrida pelas mulheres era assunto proibido, no Brasil é preciso trazer à luz esse drama que, de tão frequente, muitas vezes deixa de ser visto.
“Eu tinha medo de denunciar ele, eu tinha medo que ele me matasse”, revela uma brasileira.
Nos primeiros dez meses de 2010, mais de 600 mil mulheres procuraram ajuda através da central 180, um serviço de proteção oferecido pelo governo federal.
“Para mim estava acabada a minha vida, eu não tinha mais para onde ir. Você não tem saída de nada, falei: ‘Pronto, vai acabar assim a minha vida, se ele não me matar eu vou me matar’. Porque vai acabar, eu não tinha mais forças. e quando eu descobri dentro de mim um pedacinho de nada de força, foi quando eu olhei para os meus filhos e vi que eles não mereciam passar por aquilo, e aí eu consegui forças e saí daquilo”, conta a mulher. “Acabou. O que ela te fazia de mal era enquanto você permitia. Você deu o primeiro passo, agora acabou.”
Há centros de atendimento à mulher em 268 municípios brasileiros. Poucos diante do número de vítimas. Mais de um milhão por ano, segundo o IBGE. Ao todo, 68% das vítimas sofrem lesões corporais; 57% são agredidas todos os dias; 70% dos agressores são os maridos, companheiros ou ex-companheiros.
Mas talvez este número seja o retrato da situação brasileira: Em dez anos, foram 37.945 certidões de óbito em que a causa da morte de uma mulher é atribuída a agressão intencional de terceiros. Não entram nesse número outras causas além da violência dirigida à mulher. São mais de dez mortes por dia.
Não é preciso conhecer o idioma para entender a dor e o medo. A mulher afegã que conta seu drama na televisão tem o rosto coberto por uma máscara metade azul - como a burca, a roupa símbolo da opressão - metade branca, por uma inocência perdida.
No programa revolucionário da TV afegã, elas continuam sem rosto, mas agora, dez anos depois da queda do regime dos talibãs, têm a voz, sempre negada às mulheres. Depois de ouvir Yasmin, que aos 13 anos foi vendida pelo próprio pai ao marido que a torturava sistematicamente, a autoridade religiosa que está na platéia declara: “Isso é contra o islamismo e contra a lei.”
Na audiência, há também especialistas em direitos humanos e conselheiros. O programa foi ideia de um homem de 28 anos, inspirado no silêncio da própria mãe. Há milhares de mães sem voz, sem oportunidade de falar do seu sofrimento.
Outra mulher agora veste a máscara. Soraya conta que foi forçada a se casar aos 15 anos com um estuprador, que cometia seus crimes dentro de casa. Soraya temia que ele atacasse a própria filha. O diretor diz que sabe que não pode fazer muito por essas mulheres, mas espera evitar que outras passem o mesmo, e mudar a mentalidade dos homens em seu país.
Soraya diz que com a máscara se sente segura e que precisava falar para proteger seus filhos. A reportagem da rede CNN correu o mundo esta semana. Se no Afeganistão a violência sofrida pelas mulheres era assunto proibido, no Brasil é preciso trazer à luz esse drama que, de tão frequente, muitas vezes deixa de ser visto.
“Eu tinha medo de denunciar ele, eu tinha medo que ele me matasse”, revela uma brasileira.
Nos primeiros dez meses de 2010, mais de 600 mil mulheres procuraram ajuda através da central 180, um serviço de proteção oferecido pelo governo federal.
“Para mim estava acabada a minha vida, eu não tinha mais para onde ir. Você não tem saída de nada, falei: ‘Pronto, vai acabar assim a minha vida, se ele não me matar eu vou me matar’. Porque vai acabar, eu não tinha mais forças. e quando eu descobri dentro de mim um pedacinho de nada de força, foi quando eu olhei para os meus filhos e vi que eles não mereciam passar por aquilo, e aí eu consegui forças e saí daquilo”, conta a mulher. “Acabou. O que ela te fazia de mal era enquanto você permitia. Você deu o primeiro passo, agora acabou.”
Há centros de atendimento à mulher em 268 municípios brasileiros. Poucos diante do número de vítimas. Mais de um milhão por ano, segundo o IBGE. Ao todo, 68% das vítimas sofrem lesões corporais; 57% são agredidas todos os dias; 70% dos agressores são os maridos, companheiros ou ex-companheiros.
Mas talvez este número seja o retrato da situação brasileira: Em dez anos, foram 37.945 certidões de óbito em que a causa da morte de uma mulher é atribuída a agressão intencional de terceiros. Não entram nesse número outras causas além da violência dirigida à mulher. São mais de dez mortes por dia.
Acesse o vídeo no site do Fantástico
PALAVRA ADVERSA: Você se choca? Isso acontece mais perto de você do que se pode imaginar. e a sociedade sem querer reforça esse tipo de comportamento. A luta contra o machismo não pode parar!
sábado, 8 de janeiro de 2011
O PRECONCEITO MATA MAIS QUE A DOENÇA
PRECONCEITO: Estudo mostra estigma contra portador de HIV
22,5% dos brasileiros evitariam comprar alimento onde trabalhasse um portador do vírus
Embora tenham qualidade de vida e perspectivas de tratamento melhores hoje do que no início da epidemia, os portadores do vírus HIV ainda são estigmatizados, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.
Foram entrevistadas 8.000 pessoas em todos os Estados do país, com perguntas sobre o relacionamento cotidiano com portadores do vírus.
Foram entrevistadas 8.000 pessoas em todos os Estados do país, com perguntas sobre o relacionamento cotidiano com portadores do vírus.
Para 22,5% delas, não se pode comprar legumes e verduras em locais onde trabalhe um portador de HIV. Outras 19% disseram que alguém com Aids não pode ser cuidado na casa da própria família, e 13% acham que uma professora com HIV não pode dar aulas em nenhuma escola.
Para João Pires, diretor da ONG GIV (Grupo de Incentivo à Vida), o estudo mostra que governo, escolas e veículos de comunicação têm falhado ao informar sobre as formas de contágio do vírus.
O HIV só é transmitido por via sexual, por contato do vírus com o sangue ou pelo leite materno. Compartilhar copos e toalhas, por exemplo, não traz riscos.
Para João Pires, diretor da ONG GIV (Grupo de Incentivo à Vida), o estudo mostra que governo, escolas e veículos de comunicação têm falhado ao informar sobre as formas de contágio do vírus.
O HIV só é transmitido por via sexual, por contato do vírus com o sangue ou pelo leite materno. Compartilhar copos e toalhas, por exemplo, não traz riscos.
Fonte: http://180graus.com/geral/preconceito-estudo-mostra-estigma-contra-portador-de-hiv-68174.html
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PALAVRA ADVERSA: sabe o que é incrível: isso acontece pertinho da gente.... Vi cada coisa ultimamente...
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
BOA NOTÍCIA...
Conselho médico libera fertilização de casais gays

Monica Zarattini/AE - 14/2/2006
"Limites. Escolha do sexo do bebê, venda de espermatozoides e barriga de aluguel: proibidos"
No caso de reprodução assistida entre casais gays, o texto anterior deixava uma série de dúvidas, o que levava médicos a se recusarem a aplicar a técnica. 'Como havia um vazio regulatório, casais eram obrigados a enfrentar uma burocracia', conta o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Adelino Amaral.
O médico conta que todas as vezes em que se viu diante desse pedido no consultório precisou requerer uma autorização específica no Conselho Regional de Medicina. 'Muitos casais, diante de tantas exigências, acabavam procurando outros profissionais. E lá, diziam apenas que eram solteiras', conta.
Somente ano passado, Amaral disse ter recebido dez casais de mulheres interessadas em fazer fertilização. No caso de casais homossexuais femininos, é preciso que o espermatozoide seja obtido por meio de doação em um banco de esperma. O doador tem de ser mantido sob sigilo.
No caso de casais homossexuais masculinos, é preciso obter um óvulo de doadora desconhecida. A gestação tem de ser feita no útero de parente próximo de um dos integrantes do casal: irmã ou mãe. A medida tem como objetivo evitar o comércio de 'barrigas de aluguel'.
O presidente do CFM, Roberto D'Ávila, diz estar convicto de que a resolução do CFM ainda vai render muitas discussões. 'Aqui fizemos uma análise sobre ética: médicos não cometem nenhuma infração ao fazer a fertilização assistida para um casal homoafetivo', disse.
Outros problemas, por exemplo, como será definida a filiação das crianças nascidas com essa técnica, terão de ser definidos pela lei. 'Será preciso uma análise mais profunda sobre como definir esse impasse. Para esse tema, agora não há solução pronta', avisa Alexandre Nassar Lopes, advogado especialista na área de família.
Especificidade. Publicada hoje no Diário Oficial, a resolução traz normas mais claras sobre o uso de embriões quando um dos pais morre ou quando o casal se divorcia. A norma é fruto de uma longa discussão, que ganhou ritmo após o escândalo envolvendo Roger Abdelmassih, médico que teve o registro cassado e foi condenado a 278 anos de prisão por abuso sexual de pacientes de sua clínica de reprodução.
O texto, que substitui uma resolução de 1992, estabelece, por exemplo, que a reprodução assistida só pode ser usada depois de o paciente ser devidamente informado dos riscos e das taxas de sucesso da técnica.
'Vimos que algumas clínicas asseguravam que 90% dos casos eram bem-sucedidos. Algo que está muito longe da realidade: cerca de 40%', afirmou o relator do texto, o médico José Hiran Gallo. O texto também proíbe a escolha de sexo dos embriões. 'Há relatos de casos de pacientes que eram abordados se queriam meninos ou meninas. Em caso de meninos, o preço era maior', completou Gallo.
SAIBA MAIS
Como era
Médicos podiam implantar até quatro embriões
Como ficou
Até 35 anos:
2 embriões
Entre 36 e 39 anos:
3 embriões
40 anos ou mais:
4 embriões
Princípios mantidos
O paciente tem de assinar documento em que diz estar ciente dos riscos, incluindo
taxas de eficiência
É antiético selecionar sexo ou características biológicas do filho
É proibida a fertilização assistida para fins que não sejam procriação humana
É proibido implantar e depois retirar parte dos embriões do útero
A doação do óvulo ou do espermatozoide não pode ter caráter comercial
A doação temporária do útero não pode ter caráter comercial
Fonte: http://estadao.br.msn.com/ciencia/artigo.aspx?cp-documentid=27136136
ESTOU CANSADA!!!
Cansada de ver cada dia mais as pessoas se considerarem melhores do que as outras. Seja por qualquer motivo: por que eu sou homem e você é mulher, por que eu sou branco e você é negro, por que eu sou saudável e você tem AIDS, por que eu sou hetero e você é gay, por que eu sou paulista e você é nordestino, por que eu sou "perfeita" e você tem uma deficiência, por que eu tenho um Vectra e você um Fusca, por que eu sou católico e você é espírita...
Enfim, o que leva as pessoas a acreditarem que temos que ser todos iguais? Imagine como o mundo seria chato se fôssemos "padrão" tipo forma de bolo? Deus é perfeito e somente ele pode julgar alguém... E ele mesmo podendo não julga, ele nos deu o livre arbítrio para sermos quem quisermos ser!! Foi ele quem criou os homens para a DIVERSIDADE, se ele quisesse todos iguais ele teria nos feito todos brancos, ricos, católicos, heteros e paulistas! Mas não! Deus ama a diversidade, prova disso é a quantidade de espécies de animais que existem, e mesmo dentro da mesma espécie uma infinidade de cores, plumagens, sons e características diversas! É o homem que tem a mania de querer classificar e deixar tudo padrão... Nosso planeta é o berço da diversidade e é isso que o faz ser tão lindo! Viva a sua diversidade, mesmo que ela seja adversa e incomode aqueles que tem preconceitos, por que mesmo que eles queiram não adianta lutar contra isso...
As pessoas condenam tanto Hitler, mas fazem exatamente o que ele fez: querem acabar com o que acreditam "diferente, errado ou imperfeito" e deixar somente uma raça pura, branca, hetero, perfeita, sem deficiências! Ora, se isso acontecesse seria uma tragédia... como foi o holocausto! E é isso o que muitas pessoas pregam sem querer, o mesmo discurso de Hitler! Onde tudo o que é diferente não presta... Se pararmos para pensar era isso o que ele queria com "uma raça ariana pura"! A quem ele perseguiu? ESTRANGEIROS, HOMOSSEXUAIS, MULHERES, DEFICIENTES, NEGROS, PESSOAS DE OUTRAS RELIGIÕES... Incrível coincidência ou será que os ideais Nazistas continuam nos discursos dos preconceituosos mesmo que inconscientemente?
Pense nisso... Por que é a diversidade que nos faz perfeitos!
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