segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FAZENDO HISTÓRIA!

Já passava das 16h quando a Marcha contra Homofobia pelo PLC 122/2006 - nome do projeto de lei que criminaliza atos homodfóbicos - resolveu deixar a concentração na praça do Ciclista e tomar a avenida Paulista, neste sábado (19). Sem patrocínio nem carros alegóricos, todos tinham voz no microfone aberto no carro de som.

Como sempre o número de pessoas presentes é algo a ser discutido... a PM diz 500, 800, 1000...? (em cada jornal eu vejo um nº diferente... como assim?) e as lideranças LGBT dizem 1500! (que diferença não?)
Bom independente disso a marcha foi um sucesso!
Organizado pela Frente Paulista Contra  homofobia e o Grupo  Ato Anti-Homofobia - que surgiram em 2010, em virtude dos ataques homofóbicos na Paulista e da carta do chanceler Augustus Nicodemus Gomes Lopes, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que condenava a homossexualidade - a manifestação chegou a reunir de 800 a mil pessoas segundo a Polícia Militar.

Sem os carros de som com música alta, o tom politizado aconteceu do começo ao fim da Marcha. Mesmo com discursos feitos no chão de políticos profissionais como a Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), dos deputados federais Ivan Valente e Jean Wyllys (ambos do PSOL) e do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP), o que mais emocionou foi quando militantes leram em voz alta o nome dos homossexuais assassinados no país e a multidão respondia: Presente!
Além disso os manifestantes usavam "batinhas" de papel sulfite que foram distribuidas durante a marcha. Nelas estavam indicados os números e nomes de pessoas que foram vítimas da homofobia em São Paulo!!


Também foi político a denúncia de assédio moral contra gays que uma gerente do Viena fazia com seus funcionários. Ao passar perto do restaurante, ouviu-se uma sonora vaia, assim como foi cobrada uma postura menos homofóbica dos empresários quando a Marcha passou pela Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Mas muito diferente do senso comum que acredita que a palavra política vem acompanhada com a palavra chatice, a passeata foi extremamente bem humorada. Faixas como "Travesti é Respeito" e "Homofobia é o novo Mubarak", além de gritos como "Chega de transfobia, sou travesti também na luz do dia" deram um tom mais leve a um assunto considerado pesado para boa parte da sociedade brasileira.
A Marcha acabou no número 777 da Avenida Paulista - local de um dos ataques homofóbicos no ano passado - com discursos de diversas entidades e grupos políticos. No fim, um beijaço encerrou a manifestação. Apartidária, a Marcha mostrou realmente que a questão da homofobia no país não é um assunto apenas de um partido político ou de um grupo específico e sim de todos nós brasileiros, héteros, gays, bisexuais e quem mais vier.


PALAVRA ADVERSA: Sabe o que é o mais bonito? Estamos fazendo história, estamos mudando o mundo e eu me orgulho muito disso! Um dia estaremos nos livros de história, assim como quando aconteceu a abolição da escravatura, a queima de sutiãns pelas Feministas, a aprovação da lei do divórcio, a queda do muro de Berlim! Vamos fazer história e justiça juntos! Faça a sua parte!!!

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