domingo, 6 de fevereiro de 2011

SALVE UMA VIDA! VOCÊ PODE AJUDAR AGORA@!



Ativistas e defensores dos direitos dos gays entregaram ontem à ministra do Interior britânica, Theresa May, uma petição com mais de milhares de assinaturas para que a deportação da lésbica ugandense Brenda Namigadde seja anulada. Uganda pune homossexuais com até 14 anos de prisão e o Parlamento do país tem na pauta um projeto de lei que pretende apená-los com a morte ou a prisão perpétua.
 Pouco antes de entregar o abaixo-assinado a Theresa, que acumula a pasta das Mulheres e Igualdade, os manifestantes organizaram um ato em homenagem ao ativista gay David Kato, que foi espancado até a morte em sua casa em Kampala, capital de Uganda, na quarta-feira.
Aos 29 anos, Brenda teme ter o mesmo fim caso retorne ao país. A Justiça britânica e a Agência de Fronteiras já recusaram seu asilo político em duas ocasiões, alegando que ela não é homossexual. Até ontem, data prevista para sua deportação, ela estava no centro de detenção de Yarl Wood e a Grã-Bretanha não havia se manifestado oficialmente sobre o pedido dos ativistas.
"Minha vida está em perigo. Não sei o que acontecerá comigo. Estou muito assustada", disse Brenda ao jornal The Guardian. Ela contou que, aos 17 anos, depois que descobriram seu namoro com uma canadense que trabalhava para uma ONG, ambas foram espancadas, ameaçadas e tiveram sua casa incendiada. De formação cristã, ela chegou a ser expulsa da congregação que frequentava.
Brenda contou que sua namorada a ajudou na fuga para a casa de um tio na Grã-Bretanha e voltou para o Canadá.
 
O CASO AINDA NÃO ESTÁ RESOLVIDO!
 
Foi por um triz. Na sexta-feira, Brenda Namigadde estava com assento confirmado no vôo de 21h20 para Uganda, bilhete fornecido por oficiais de fronteira do Reino Unido. Até que, aos 45 minutos do segundo tempo, foi expedida uma liminar suspendendo sua deportação, e Brenda foi retirada do avião minutos antes da decolagem.

Na próxima quarta-feira, dia 2 de fevereiro, o pedido de exílio de Brenda será revisado – a corte decidirá de uma vez por todas se aprova ou nega autorização para que possa viver aberta e livremente na Inglaterra. A situação parece positiva, com muitas pessoas levantando a voz em seu apoio. Mas ainda precisamos manter a pressão sobre Theresa May e o governo inglês para que cumpram a promessa de priorizar pedidos de exílio de pessoas LGBT.

À medida que a história de Brenda vai se desdobrando, notícias alarmantes surgem a respeito de como os casos de exílio LGBT são processados de maneira aleatória e às vezes francamente ofensiva. O motivo alegado pelo juiz para que o pedido de Brenda fosse negado, por exemplo, é que ele achou estranho o fato de Brenda não ler ou possuir “revistas gays”. Quanto mais cavamos, mais claro vai ficando que o sistema de proteção de pessoas sob perseguição está terrivelmente cheio de falhas e exige a nossa atenção.
 
A autorização definitiva ainda será julgada! faça sua parte!
Acesse: http://www.allout.org/en/brenda e colabore com a petição!!!
 
e ESTADÃO

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