sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MAIS UM ATAQUE HOMOFOBICO!

DESTA VEZ DENTRO DE UMA UNIVERSIDADE QUE DEVERIA SER RESPEITO À DIVERSIDADE!

Uma universitária do curso de administração, identificada por Neiara Oliveira, 22 anos, foi vítima de homofobia no fim da noite da última segunda-feira, 21, por volta das 23h, durante a comemoração da calourada da Universidade Federal do Rio Grande (UFRN). Ela e sua namorada foram agredidas verbal e fisicamente com murros e tapas por um agressor ainda não identificado. O reitor José Ivonildo do Rêgo afirmou que o setor de vigilância não registrou nenhuma ocorrência ou reclamação na noite de segunda-feira e autorizou que os vigilantes façam uma busca nas imagens do circuito interno da UFRN para tentar identificar o agressor.

De acordo com a estudante, tudo aconteceu no instante em que ela estava acompanhada de sua namorada e mais dois amigos, próximo ao anfiteatro da universidade, em um local com paredões de som. Neiara contou que os dois amigos que estavam com ela se afastaram para cumprimentar conhecidos em outro local e ela foi dançar com sua namorada, uma estudante de arquitetura da Universidade Potiguar (UnP), e começaram a trocar beijos.

"Quando começamos a nos beijar fomos abordadas por quatro rapazes bem aparentados, que começaram a soltar piadas em tom de deboche. Eles ameaçaram filmar o nosso momento de descontração e um deles falou várias ofensas no meu ouvido. Eu afastei minha namorada do tumulto e fui tirar satisfações com ele. Foi aí que ele me agrediu, me jogou em cima de uma mesa e começou a me dar murros e tapas", disse. Segundo Neiara, sua namorada tentou defendê-la e também foi agredida. "Ele só parou de bater na gente quando os amigos que estavam com ele tiraram ele de lá", contou Neiara.

Diante da cena assustadora, as jovens solicitaram o apoio da Polícia Militar, que chegou ao local após a fuga do agressor e do grupo que o acompanhava na calourada. Apesar de diligências realizadas na área, eles não foram encontrados e as jovens foram aconselhadas a fazer um boletim de ocorrência (B.O.) na delegacia.

Neiara disse não ter feito o B.O ainda na segunda-feira por causa do horário. "Não sei se realizaremos o Boletim de Ocorrência, mas o importante é que esse caso seja registrado pela imprensa para que uma situação homofóbica não aconteça novamente", desabafou. O agressor, cuja identidade não foi confirmada, ainda foi procurado pelas vítimas e seus amigos nas páginas de rede sociais, mas até o momento não existem pistas sobre o seu verdadeiro nome.

O diretor do Grupo Universitário em Defesa da Diversidade e Expressão das Sexualidades, Leonardo Lobato, afirmou que existe muito preconceito dentro da UFRN e que os homossexuais sofrem agressões verbais com frequência nas dependências da instituição. Em nota, o reitor Ivonildo do Rêgo repudiou a agressão e disse que "esse tipo de atitude é incompatível com o espírito uiniversitário, e um desrespeito às diferenças e à pluralidade".

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